Autor/es
Descripción
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Colaborador
Felitti, Karina
Spatial Coverage
Idioma
spa
Extent
157 p.
Derechos
info:eu-repo/semantics/openAccess
Atribución-NoComercial-SinDerivadas 2.0 Genérica (CC BY-NC-ND 2.0)
Formato
application/pdf
Identificador
Cobertura
1001160
Buenos Aires (province)
Abstract
This thesis has the maximum purpose of making an original contribution to the construction of knowledge regarding the ways in which menstrual experiences are constructed both, socially and individually. The investigation looks into the menstrual experiences of middle class adolescents between 12 and 15 years old –residents of the Autonomous City of Buenos Aires and its surroundings– to know what are the social processes that shape those experiences. It is sought to know how the girls' menstrual experiences are and how they are formed, at the intersection with broader social discourses produced from the perspective of traditional biomedicine and from contemporary menstrual activisms.
The used method is the life story method with narrative interviews. The stories are analyzed in relation to other social discourses on menstruation that operates in different areas of the social field: the market of menstrual products, the public policies regarding menstruation, the educational publishers, the menstrual activism and information on the subject that circulate on the Internet. In that way, this research tries to link the individualized experiences of the subjects with the structural dynamics of society.
The results of the research indicate that the type of the information (biological, medical, feminist, spiritualist) that girls receive affect the way they experience menarche and subsequent menstruations. In general, this information focuses on the physiological aspects of the menstrual cycle, which is often difficult for girls to apprehend. As a result, girls receive information about menstruation, but not education. Comprehensive menstrual education also requires paying attention to feelings, sensations, doubts, and, above all, the experiential knowledge of girls related to the menstrual cycle.
From the analysis it appears that valuing the knowledge that girls acquire with practice –and in the bond with peer friends– allows them to resignify their menstrual experience in terms of autonomy and agency, which is a way to fight against menstrual stigma.
The used method is the life story method with narrative interviews. The stories are analyzed in relation to other social discourses on menstruation that operates in different areas of the social field: the market of menstrual products, the public policies regarding menstruation, the educational publishers, the menstrual activism and information on the subject that circulate on the Internet. In that way, this research tries to link the individualized experiences of the subjects with the structural dynamics of society.
The results of the research indicate that the type of the information (biological, medical, feminist, spiritualist) that girls receive affect the way they experience menarche and subsequent menstruations. In general, this information focuses on the physiological aspects of the menstrual cycle, which is often difficult for girls to apprehend. As a result, girls receive information about menstruation, but not education. Comprehensive menstrual education also requires paying attention to feelings, sensations, doubts, and, above all, the experiential knowledge of girls related to the menstrual cycle.
From the analysis it appears that valuing the knowledge that girls acquire with practice –and in the bond with peer friends– allows them to resignify their menstrual experience in terms of autonomy and agency, which is a way to fight against menstrual stigma.
A presente tese foi realizada com o intuito de fazer uma contribuição original à construção do conhecimento a respeito dos modos como as experiências menstruais são construídas social e individualmente. A pesquisa indaga nas experiências menstruais de adolescentes de 12 a 15 anos –de classe média e residentes na Cidade Autônoma de Buenos Aires e arredores– para saber quais são os processos sociais que moldam essas experiências. Nesse sentido, procura-se conhecer como são e como se formam as experiências menstruais das meninas, no cruzamento com discursos sociais mais amplos produzidos a partir da perspectiva da biomedicina tradicional e dos ativismos menstruais.
O método de pesquisa utilizado são as histórias de vida (especificamente, neste caso, histórias de experiência) coletadas por meio de entrevistas narrativas. A análise dessas histórias é colocada em relação com outros discursos sociais sobre menstruação que agem em diferentes áreas do campo social: o mercado de produtos menstruais, as políticas públicas sobre sexualidade, as editoras educacionais, o ativismo menstrual e informação que circula na Internet. Dessa forma, a pesquisa procura vincular as experiências individualizadas dos sujeitos com a dinâmica estrutural da sociedade.
Os resultados da pesquisa sugerem que o tipo de informação (biológica, médica, feminista, e/ou espiritualista) que recebem as meninas afeta a maneira de elas experimentarem a menarca e as menstruações subsequentes. Em geral, essas informações se concentram nos aspectos fisiológicos do ciclo menstrual que, muitas vezes, são difíceis de serem apreendidos pelas meninas. Assim, elas recebem informação menstrual, mas não educação, e isso têm consequências diretas na maneira em que os ciclos menstruais são vividos. A educação menstrual integral exige dar atenção também aos sentimentos, às emoções, às dúvidas e, acima de tudo, ao conhecimento experiencial das meninas relativamente ao ciclo menstrual. Nesse sentido, os resultados da análise indicam que valorizar o conhecimento que as meninas adquirem com a prática –e no relacionamento com as amigas e colegas– permite ressignificar a experiência menstrual em termos de autonomia e agência, que é uma maneira de lutar contra o estigma menstrual.
O método de pesquisa utilizado são as histórias de vida (especificamente, neste caso, histórias de experiência) coletadas por meio de entrevistas narrativas. A análise dessas histórias é colocada em relação com outros discursos sociais sobre menstruação que agem em diferentes áreas do campo social: o mercado de produtos menstruais, as políticas públicas sobre sexualidade, as editoras educacionais, o ativismo menstrual e informação que circula na Internet. Dessa forma, a pesquisa procura vincular as experiências individualizadas dos sujeitos com a dinâmica estrutural da sociedade.
Os resultados da pesquisa sugerem que o tipo de informação (biológica, médica, feminista, e/ou espiritualista) que recebem as meninas afeta a maneira de elas experimentarem a menarca e as menstruações subsequentes. Em geral, essas informações se concentram nos aspectos fisiológicos do ciclo menstrual que, muitas vezes, são difíceis de serem apreendidos pelas meninas. Assim, elas recebem informação menstrual, mas não educação, e isso têm consequências diretas na maneira em que os ciclos menstruais são vividos. A educação menstrual integral exige dar atenção também aos sentimentos, às emoções, às dúvidas e, acima de tudo, ao conhecimento experiencial das meninas relativamente ao ciclo menstrual. Nesse sentido, os resultados da análise indicam que valorizar o conhecimento que as meninas adquirem com a prática –e no relacionamento com as amigas e colegas– permite ressignificar a experiência menstrual em termos de autonomia e agência, que é uma maneira de lutar contra o estigma menstrual.
Título obtenido
Magister de la Universidad de Buenos Aires en Comunicación y Cultura
Institución otorgante
Universidad de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Sociales